Dois meses após morte da escrivã em MG, Polícia Civil inicia perícia no celular dela

Fabio Pereira Dos Santos
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Celular da vítima foi desbloqueado nesta semana, de acordo com a família. Nesta quarta-feira (9), completam-se dois meses da morte de Rafaela Drumond. Rafaela Drumond, escrivã da Polícia Civil que morreu em Barbacena Reprodução/Redes Sociais O celular da escrivã Rafaela Drumond, encontrada morta na casa dela em 9 de junho, foi desbloqueado e começou a ser periciado pela Polícia Civil. Nesta quarta-feira (9), o caso completa dois meses ainda sem respostas. Rafaela Drumond foi encontrada morta em Antônio Carlos, no Campo das Vertentes, em 9 de junho. Ela denunciou episódios de assédio moral e sexual no ambiente de trabalho em áudios e vídeos. Eles foram enviados a amigos e relatados a superiores. Os materiais estão sob posse da Polícia Civil, que investiga se houve indução ao suicídio. O aparelho celular dela, um iPhone XR, é considerado essencial para as investigações, já que nele podem estar outros materiais deixados por Rafaela Drumond a respeito dos possíveis assédios que sofria no ambiente de trabalho. Até o momento, não há informações sobre o que foi encontrado no dispositivo. Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou que "os dados do telefone celular da servidora estão sendo analisados pelo Instituto de Criminalística". Após a finalização do exame pericial, o laudo será encaminhado à Corregedoria-Geral. A instituição informou ainda que o inquérito e o procedimento disciplinar que apuram a morte de Rafaela seguem em tramitação sigilosa na Corregedoria-Geral, em Belo Horizonte. Ainda de acordo com a corporação, "diversas pessoas foram ouvidas e diligências realizadas com o objetivo de esclarecer os fatos". A polícia também afirma que o prazo da investigação foi estendido para além dos 30 dias que costumam ser praxe, em virtude da complexidade das apurações. Reforça, ainda, que os autos dos inquéritos foram judicializados e submetidos à análise do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), conforme determinado pelo próprio órgão em 22 de junho. Abertura de sindicância A abertura de uma sindicância interna na Polícia Civil de Minas Gerais também é um pedido da família da vítima. "O inquérito foi aberto como indução ao suicídio, mas esse tipo penal não permite a interpretação extensiva. Então, a luta é para abrir uma sindicância para apurar assédios sexual e moral dentro da polícia, para correr junto do inquérito", disse a advogada Raquel Fernandes. A defesa da família acredita que o fato de o suicídio ter sido cometido em um momento em que a vítima estava sozinha e em casa pode ser um álibi para inocentar possíveis culpados. Investigação de morte de escrivã em MG completa um mês sem conclusão; veja o que se sabe Relembre o caso Rafaela Drumond foi encontrada morta pelos pais na noite de 9 de junho, em um distrito na cidade de Antônio Carlos, no Campo das Vertentes. O caso foi registrado como suicídio. A morte passou a ser investigada depois que a corregedoria informou que a jovem havia denunciado assédio moral e sexual na delegacia em que trabalhava, na cidade de Carandaí. Inicialmente, as investigações eram conduzidas pela polícia em Barbacena, enquanto a Corregedoria apurava somente eventuais transgressões disciplinares de servidores da instituição no caso. No dia 22 de junho, a Corregedoria-Geral assumiu, de forma exclusiva, o inquérito "devido à complexidade da investigação que apura as circunstâncias da morte". A Polícia Civil não informou quem são os investigados. A família de Rafaela, entretanto, após ter conhecimento dos áudios e vídeos deixados por ela, atribuem os assédios ao delegado Itamar Cláudio Netto e ao investigador Celso Trindade de Andrade. O investigador Celso Trindade de Andrade está afastado desde o início de julho da Polícia Civil em decorrência do caso. A defesa do investigador admite ser ele quem ofende Rafaela em um vídeo gravado por ela. Vídeos mais assistidos g1 MG

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