Mãe de gêmeos que nasceram em parto raro relata surpresa em SC: 'Jamais imaginamos uma forma tão especial'

Meninos devem ter alta neste sábado. Crianças nasceram em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina. Mãe Iara, pai Henrique e gêmeos Miguel e Arthur Débora Cunha/Divulgação A mãe dos gêmeos Miguel e Arthur, que nasceram em um parto raro, em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina, contou que ficou surpresa com a situação. Um dos bebês tinha um nó no cordão umbilical e outro estava empelicado. "Jamais imaginamos um parto de forma tão especial. A forma que eles vieram ao mundo temos a certeza de que Deus estava lá presente em cada segundo. Muita gratidão pela vida de nossos filhos", disse a mamãe, Iara Pianezer Schwabel. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Miguel e Arthur nasceram de cesariana nas quarta-feira (2) e seguiam no hospital até a noite de sexta (4). Segundo Iara, neste sábado (5), os meninos devem ser novamente observados pelo pediatra e podem ter alta. Os dois bebês nasceram com 47 centímetros. Arthur pesou 3 quilos e Miguel, 2,8 quilos. Eles são os primeiros filhos de Iara e do companheiro Henrique. Gestação A mamãe contou que o casal queria muito ter filhos. "Traçamos um longo caminho até chegar à nossa gestação, pois foi muito esperada e planejada por nós. Queríamos muito ter filhos. Primeiro veio a grande surpresa, que seriam dois bebês. Deu um misto de medo, mas muita felicidade. Meses depois, quando descobrimos que eram dois meninos, aí ficamos exaltados de alegrias", contou Iara. Com essas informações em mente, o casal fez os planejamentos para a chegada dos bebês. "Começaram os preparativos para montar o enxoval e escolha dos padrinhos. Todos ao nosso redor desejam muitas coisas boas para nós", relatou. Bebês Miguel e Arthur, gêmeos que nasceram em Jaraguá do Sul Os meninos foram acompanhados de perto durante a gestação. "Já os chamávamos pelo nome, de acordo com o lado em que cada um estava. Cada chutezinho ou virada dentro da barriga era uma emoção", declarou a mamãe. Os bebês nasceram com 36 semanas de gestação. Ivonir Machado, fundador do Garotos de Ouro, morre aos 63 anos Idoso que tocou saxofone em excursão para Aparecida morre uma semana após viralizar Caminhoneiro que sobreviveu a acidente com 3 mortos 8 feridos diz que van trafegava pela contramão Parto raro Para o nascimento, foi feita uma cesariana. O primeiro a chegar foi Miguel, com um nó verdadeiro (entenda abaixo) no cordão umbilical. Em seguida, veio o irmão Arthur, empelicado. "O que foi muito curioso no parto deles foi a sequência de coincidências. A gestação gemelar a incidência é próxima de 1%, não é uma situação tão comum, mesmo em fertilização in vitro, que aumenta um pouco as chances. Em gestações naturais, é em torno de 1%", disse o ginecologista Guilherme Sapia, do Hospital Jaraguá. Nó em cordão umbilical de bebê Miguel Débora Cunha/Divulgação Ele explicou a condição de cada um dos bebês. "O nó verdadeiro de cordão ocorre durante a vida interina dele [feto]. Quando está flutuando dentro da bolsa amniótica, consegue fazer peripécias, dando um nó no cordão. Na maioria das vezes, não é perceptível em exames. Na maioria das vezes, não dá repercussão para o bebê. Mas, em alguns casos, há restrição de crescimento ou pode levar o bebê a óbito". A ocorrência do nó verdadeiro também é rara, em torno de 1%. O ginecologista disse que um nó no cordão umbilical pode, em raras vezes, restringir o fluxo sanguíneo da placenta para o bebê. Por isso, a criança pode ser prejudicada. Arthur nasceu empelicado Débora Cunha/Divulgação No caso do bebê empelicado, a criança que nasce nesta condição fica envolta pela bolsa amniótica, que a protege e ajuda na alimentação durante as 40 semanas, em média, de uma gestação. Situações assim são raras, uma vez que o saco gestacional estoura quando o bebê está prestes a nascer, inclusive em procedimentos como a cesárea. Quando a criança está empelicada, após o nascimento a bolsa é rompida pelo médico. Gêmeos Arthur e Miguel Débora Cunha/Divulgação "O parto empelicado é difícil mensurar a frequência. Alguns trabalhos [literatura] dizem que é 1 para 80 mil partos", disse o ginecologista. "O mais feliz foi a possibilidade de registrar esse momento", declarou, sobre o parto de Miguel e Arthur. VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias Veja mais notícias do estado no g1 SC