No grupo 'Polícia Penal Assuntos', servidor aposentado deixou mensagens racistas e de morte a Cláudio da Silva. Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), do DHPP, investiga o caso. Mensagens encaminhadas ao grupo de WhatsApp
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O ouvidor de Polícia do Estado de São Paulo, Claudio da Silva, registrou nesta sexta-feira (4), na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), do DHPP, um boletim de ocorrência por ameaça e injúria racial.
Na quarta (2), chegou a Cláudio um print de mensagem pelo WhatsApp do grupo "Polícia Penal Assuntos" em que um homem deixa mensagens racistas e de morte contra o ouvidor. "Eu falo o que falo, porque não sou hipócrita", escreveu o homem na primeira mensagem.
"Não podemos tapar o sol com a peneira e fingir que nada está acontecendo, demorou pra matar esses vagabundos e que estiver apoiando bandido igual esse negro maldito e esse ouvidor das polícias, tem que morrer também. Essa é a minha opinião. Vai virar uma guerra eu estou pronto", completou.
O número e nome do suspeito, identificado como Hélio e servidor aposentado, estão com a Polícia Civil. O g1 tentou contatá-lo, mas ele não atendeu a ligação nem respondeu as mensagens.
Cláudio acredita que tenha sido vítima de ofensas e ameaça por conta de críticas à Operação Escudo, no litoral de São Paulo.
Claudio da Silva, ouvidor da Polícia, acompanha denúncias de operação em Guarujá (SP)
Governo de SP/Divulgação e Carlos Abelha/TV Tribuna
"Não estou intimidado, eu vou continuar fazendo meu trabalho com muita dedicação e equilíbrio, porque o trabalho que eu faço é um trabalho equilibrado. Eu não faço trabalho para falar mal de polícia, desqualificar as instituições da democracia, como são as polícias Civil, Militar e Científica", afirmou Cláudio ao g1.
E completou: "Eu vou continuar defendendo que policial precisa ser valorizado profissionalmente, vou continuar defendendo que o policial precisa ser valorizado no sentido de proteção social à sua família, mas vou continuar enfrentando os desmandos que alguns policiais insistem em fazer por conta da sua condição de homem da lei, de homem que tem um aparato estatal ao seu dispor para praticar ilegalidades. Ilegalidades não serão toleradas".
Claudio divulgou uma nota na segunda (31) em que diz que movimentos sociais relataram ao órgão uma série de possíveis violações de direitos na operação policial em Guarujá, litoral paulista. A Operação Escudo foi deflagrada depois que o soldado Patrick Bastos Reis foi baleado enquanto fazia um patrulhamento na comunidade da Vila Júlia, em Guarujá, em 27 de julho.
"Temos recebido relatos de uma atuação violenta por parte das forças de segurança no local, que contabiliza até este momento uma dezena de mortes, registradas em boletim de ocorrência, bem como de ameaças constantes à população das comunidades daquela cidade", afirmou, na nota, o ouvidor.
Operação no litoral
A morte dele foi confirmada no mesmo dia. Naquela noite, outro policial foi baleado na mão esquerda e não corre risco.
A ação também deixou 16 mortos entre o Guarujá e em Santos. Erickson, também conhecido como 'Deivinho', foi capturado na Zona Sul de São Paulo, durante a noite do último domingo (30). Ele é suspeito de disparar os tiros que acertaram a viatura de Patrick e a equipe.
Segundo a SSP, os policiais conseguiram identificar e prender todos os criminosos que participaram da morte do policial. O último envolvido foi preso na madrugada de quarta-feira (2), Kauã, que é irmão de Erickson. Erickson e Mazaropi, que é outro detido suspeito de traficar na mesma região, contam versões diferente sobre o crime e trocam acusações.
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