Eline Welter, professora do IFSP Itapetininga (SP), participou de uma competição de alimentos bio-impressos na capital paulista. Apesar de não ser cozinheira profissional, Eline se destacou em competição de comidas 3D em SP
Felipe Natali/Divulgação
Você já comeu macarrão “cozido” em uma impressora? E doce de leite? O que parece ser um cardápio de restaurante futurista, já é realidade no Brasil e tem até concurso culinário. Uma professora de computação de Itapetininga (SP) representou o estado de São Paulo na final de uma competição de alimentos bio-impressos na capital paulista.
Eline Welter, que é professora no Instituto Federal de Itapetininga (SP), teve o primeiro contato com “alimentos 3D” na Campus Party 2023, um evento de tecnologia e inovação. “Fui uma entre 16 selecionados para participar da competição, na qual houve mais de 100 pessoas inscritas em São Paulo”, conta.
A dinâmica é semelhante aos programas de disputa culinária, cada cozinheiro faz uma “compra” e depois precisa preparar seu prato, que será avaliado por uma bancada de jurados, explicou a professora.
Professora de computação em Itapetininga (SP), Eline contou sobre a experiência de participar da competição
Felipe Natali/Divulgação
Apesar de não ser cozinheira, a professora ficou entre os melhores colocados na competição, que avaliou a harmonização entre alimentos convencionais e bio-impressos.
Na final, realizada em 29 de julho, Eline disputou o pódio contra outros três candidatos. Mas desta vez, o desafio era maior: o prato precisava ser vegano. “
“Fiz um canelone de berinjela recheado com shimeji e molho de provolone vegano para acompanhar a proteína de soja, impressa em formato de sassami de frango que preparei empanada na farinha panko e frita na airfryer. De sobremesa fiz uma compota de maçã com uvas verdes, adoçada com mel de tâmaras e uma farofa doce de aveia com farinha panko para acompanhar o impresso em formato de flor de caramelo vegano”, conta Eline.
A candidata apresentou "canelone 3D" na final
Arquivo pessoal
A final, lembra a professora, também aspirante a “cozinheira do futuro”, foi disputada com representantes de Goiás e Brasília. O júri foi composto pelo jornalista Fábio Chaves, Derrick Green, vocalista da banda Sepultura, e Tanya O'Callaghan, baixista da banda “Whitesnake”.
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“A representante de Goiás, Giovanna Coradini [estudante de gastronomia], foi a campeã e ganhou um curso de gastronomia na Argentina. Não foi informado qual a colocação minha e da outra candidata, apenas apontaram a vencedora”, relata.
Prato que Eline produziu possui massa impressa
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Ingredientes reais, métodos diferentes
Saem as grandes e pesadas panelas e entram as impressoras 3D. Eline explicou ao g1 que, apesar do método alternativo de preparo, os pratos continuam com o sabor original.
“O alimento impresso não perde o seu sabor original. As impressões são feitas com o alimento pastoso, que é colocado em seringas e fixados na impressora. Através de um computador a forma ou desenho da impressão era selecionada e logo iniciava-se a impressão”.
Após o molde, o trabalho fica com a impressora. Sem risco de queimar no fogão, o tempo de preparo depende de cada alimento impresso, ressalta a professora. “Quanto menor o desenho, mais rápida é a impressão”.
Comida impressa em 3D
BioEdTech/Divulgação
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