UFMG restaura pela 2ª vez escultura de Cristo de Lula, e imagem volta ao gabinete do presidente; entenda

Fabio Pereira Dos Santos
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Peça ocupou o gabinete presidencial durante os dois primeiros mandatos do petista e retornou ao Palácio do Planalto após trabalho de conservação do Cecor. Presidente Lula (PT) com escultura de Cristo restaurada no gabinete presidencial Ricardo Stuckert/ PR O Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) restaurou, pela segunda vez, uma escultura de Cristo do presidente Lula (PT). A imagem, que ocupou o gabinete presidencial durante os dois primeiros mandatos do petista, voltou ao Palácio do Planalto no fim de julho, após a conclusão do trabalho de conservação. A obra foi restaurada pela primeira vez pelo Cecor em 2003, a pedido do presidente. Ao deixar o governo, em 2011, Lula levou a escultura, que faz parte de seu acervo pessoal. A peça, de estilo espanhol do século XVI, foi um presente de José Alberto de Camargo, ex-diretor da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). A retirada da escultura do gabinete presidencial deu origem a especulações. Mensagens hackeadas de 2016 mostram que procuradores da operação Lava Jato chegaram a suspeitar que a peça tinha sido apropriada de forma indevida pelo presidente. No entanto, no mesmo dia, descobriram que a imagem pertencia a Lula. A escultura foi parar no Museu da República, no Rio de Janeiro, mas voltou temporariamente às mãos do presidente em janeiro deste ano. Na época, Lula disse que mandou buscar a imagem. "Eu acho que, no tempo que ele ficou guardado, a madeira foi perdendo cor. Tantos anos, eu descubro que o meu Cristo estava no Museu da República, então eu mandei buscar e vou colocar ele aqui outra vez onde ele sempre ficou, me ajudando a governar esse país", afirmou, em vídeo publicado nas redes sociais no dia 10 de janeiro. Lula (PT) com a escultura de Cristo, em janeiro deste ano, antes da restauração Ricardo Stuckert/ PR A Diretoria de Documentação Histórica do gabinete do presidente apontou a necessidade de um novo processo de restauração, e a escultura foi levada para o Cecor, da UFMG, primeira instituição do país a oferecer curso de graduação em conservação-restauração de bens culturais móveis. A obra apresentava perda de coloração, manchas, desnivelamentos na repintura da madeira e alguns membros desprendidos, degradação resultante de processos físico-químicos causados pelo tempo e pelo ambiente. Trabalho de restauração da escultura de Cristo no Cecor Foca Lisboa/ UFMG No Cecor, entre fevereiro e julho, a peça passou por processos de higienização, remoção de intervenções anteriores e reintegração de lacunas. Como ela fica com a parte dos pés encostada na parede do gabinete presidencial, os restauradores também desenvolveram um novo suporte para a fixação do crucifixo. Segundo a diretora do Cecor, professora Alessandra Rosado, o trabalho buscou preservar a antiguidade da imagem. "Se você observar bem, percebe que está faltando um dente na imagem, falanges de dedos das mãos e alguns espinhos da coroa. Poderíamos ter complementado essas falhas, mas optamos por um trabalho de restauração com objetivo de manter sua antiguidade", explicou a professora, que era estudante de mestrado quando participou da primeira recuperação do crucifixo, em 2003. No último dia 24, a escultura foi entregue ao presidente. "Me emocionei hoje com o retorno da escultura de Cristo, que me acompanhou nos meus dois primeiros mandatos, para o gabinete presidencial", publicou Lula nas redes sociais. Vídeos mais vistos no g1 Minas:

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