Dados sobre aspectos como política, educação, saúde e violência foram apresentados. As mulheres pretas e pardas tiveram menos oportunidades de trabalho e emprego no período analisado. CEPRO divulga estudos sobre situação da mulher piauiense
A Secretaria de Estado Do Planejamento do Piauí (Seplan) divulgou um estudo sobre a situação das mulheres no Piauí. O estado registrou queda nas taxas de desocupação das mulheres, abaixo da média nacional e nordestina nos últimos 20 anos.
A desocupação diz respeito a pessoas em condições de trabalhar e buscando trabalho, mas que estão sem emprego, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados anunciados pelo Informe socioeconômico n.º 20 e divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais e Planejamento Participativo (Cepro), apontam que a queda na taxa de desocupação feminina ocorreu mais entre mulheres brancas do que entre as mulheres que se autodeclaram pretas e pardas.
Ou seja, as mulheres pretas e pardas tiveram menos oportunidades de trabalho e emprego no período analisado.
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“Ainda há uma disparidade muito grande entre homens e mulheres na sociedade, e quando a gente vai para o recorte racial, essa disparidade aparece entre mulheres negras e mulheres não-negras”, apontou Lara.
Em 2021, a taxa de desocupação atingiu 13,8% e, em 2022, caiu para 10,8%. Essa é a segunda menor taxa de desocupação entre as mulheres no Nordeste.
Segundo a gerente de Estudos Sociais da Cepro, Lara Danuta, as mulheres apresentam um nível maior de escolaridade, mas a qualificação não se reflete no mercado de trabalho.
O cientista político Robert Bandeira pontuou que o Estado sempre apresentou taxas menores em relação à desocupação de mulheres.
"Nós podemos observar que em uma análise de dez anos, em um recorte de 2012 a 2022, o Piauí sempre figurou nas primeiras posições em relação à baixa taxa desocupação. Sempre tivemos as menores, tanto é que, durante esse período, ocupamos por cinco anos o topo de menores taxas", explicou.
Piauí reduziu taxas de desocupação feminina, mas mulheres pretas e pardas tiveram menos oportunidades, mostra estudo
Divulgação/Ela Faz
Saúde
Em relação à saúde feminina, foi notado um crescimento da proporção de idosas no Piauí, levando em consideração a expectativa de vida aos 60 anos, feito a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com os números, a gerente Lara Danuta pontua sobre a necessidade de uma maior atenção com temas como acessibilidade, seguridade social, proteção no mercado de trabalho e cuidados.
Violência
Sobre a violência contra a mulher piauiense, a pesquisa apontou que, desde 2020, houve um aumento nos registros de feminicídio no Estado, levando em conta o crescimento nacional. No entanto, em 2022 os dados apresentaram uma redução de 0,84%. Essa foi a maior queda analisada no estudo.
"Essa redução nos avisa que algumas medidas que estamos tomando estão surtindo efeito, e por isso, precisamos tomar mais medidas e decisões para que possamos diminuir os feminicídios", disse Robert Bandeira.
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