Suspeito de matar PM da Rota em SP nega disparos e aponta como atirador outro preso, que elogiava a mulher dele por mensagens

Fabio Pereira Dos Santos
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No dia da morte do soldado Patrick, de acordo com a Polícia Militar, agentes faziam patrulhamento em comunidade como parte da Operação Impacto. Após a morte do PM, foi iniciada a Operação Escudo. Desde então, são ao menos 14 mortos, de acordo com a SSP. Suposta arma usada no crime foi apreendida em córrego Reprodução Erickson David Silva, o suspeito de ter baleado e matado o soldado da Rota Patrick Bastos Reis, na quinta-feira (27), negou à Polícia Civil o crime e apontou como atirador outro suspeito que estava no ponto de venda de drogas (entenda abaixo). Em interrogatório, Erickson, conhecido como Deivinho, afirmou à polícia que, quando era adolescente, era “atentado, porém, maior de idade ficou sossegado”. Sobre o dia da morte do PM, por volta das 23h30, disse que foi até a "biqueira da Seringueira" para comprar maconha no Morro da Vila Julia. No local, estava outro rapaz, conhecido como “Mazaropi”, supostamente armado, e mais uma pessoa vendendo drogas. Segundo o interrogatório, ele comprava porções de entorpecentes quando ouviu disparos de Mazaropi, que estaria com uma pistola 9mm preta com cabo marrom. Naquele momento, uma viatura da Rota fazia patrulhamento de rotina e foi atingida. Erickson alegou que correu para casa, onde estava a companheira dele, e foi, em seguida, para a casa de uma parente. Permaneceu lá por dois dias até que o nome e a foto dele passaram a ser divulgados. Em conversa com o advogado, o suspeito decidiu se entregar. Erickson foi questionado sobre por que teria sido apontado como o autor dos disparos por Mazaropi e, segundo o relato, Mazaropi teria enviado mensagens “dando em cima” da companheira dele. Erickson teria "tentado bater nele, mas não deixaram". Ele afirmou que ficava na mesma biqueira, no morro, como “olheiro” com um rádio no mato para dar alertas sobre a presença da PM desde que saiu da prisão, em 2016, mas não de forma contínua. Teria parado em 2020 para trabalhar com um tio e continuado a frequentar o local como usuário. A mãe e a companheira foram ouvidas pela polícia. A mulher afirmou que Erickson não comentou com ela sobre o caso quando chegou à noite do dia da ocorrência e horas depois foi para a casa de um parente. Segundo ela, no outro dia, levou o filho à escola e foi para a casa da mãe. Ao retornar, foi informada por vizinhos que o imóvel havia sido revirado por policiais. A mulher dele também confirmou que recebeu no fim de julho mensagens pelas redes sociais da pessoa apontada por Erickson como o atirador dizendo que "queria ficar" com ela. Marco Antonio, conhecido como Mazaropi, está preso. A defesa dele não foi localizada pelo g1. PM foi morto baleado por criminoso Reprodução A arma do crime Uma testemunha protegida esteve no ponto de venda de drogas naquele dia e disse à polícia ter visto Erickson e Mazaropi. Depois que voltou para casa, ouviu disparos e viu a movimentação de viaturas. A mesma pessoa informou ter visto uma arma parecida com a que estaria na mão de Erickson jogada em um córrego na área, em seguida. No entanto, não confirmou que ele teria sido a pessoa responsável pelos tiros. Na segunda-feira (31), policiais civis foram até a Rua das Seringueiras e recolheram a suposta arma usada para matar o policial militar Patrick: uma pistola prateada 9mm. Ela foi encaminhada para perícia. Mazaropi foi interrogado na sexta-feira (28), ao ser preso. O rapaz afirmou que vende drogas na região havia cerca de um mês e meio e, na noite do tiro contra o PM, estava com outra pessoa e Erickson, apontado por Mazaropi como o “segurança” da biqueira. A arma que Erickson usava, segundo Mazaropi, era uma pistola 9mm preta com cabo marrom. Em determinado momento, segundo ele, Erickson gritou: “A Rota”, e passou a atirar. Todos teriam corrido de lá. À mulher, quando chegou em casa, Mazaropi teria dito que “Deivinho atirou nos caras”. Ele foi encontrado por policiais civis na casa de um familiar. Entenda o caso Na noite em que o policial militar Patrick Bastos Reis foi morto, na quinta-feira (27), agentes da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) da capital paulista realizavam uma operação na Baixada Santista em resposta à morte de dois PMs aposentados, segundo apuração da TV Globo. Os agentes da Rota, que são da cidade de São Paulo, estavam no litoral por volta das 22h30 de quinta, participando da Operação Impacto Litoral, que foi criada como uma resposta a um crime que ocorreu em maio. Os policiais da Rota podem participar de operações em todas as cidades do estado. No dia 19 de maio, dois PMs aposentados foram mortos no bairro de Morrinhos, no Guarujá. De acordo com as investigações, homens passaram atirando de dentro de um carro. Uma das vítimas era feirante e estava em uma barraquinha. Ele foi atingido nas costas. Após o ataque, a inteligência da PM apontou que o atentado foi planejado por traficantes, para alertar as forças de segurança que elas não entrariam mais em favelas da Baixada Santista. A PM então criou a Operação Impacto no Litoral, que tinha como objetivo servir de resposta a traficantes sobre os índices de criminalidade da região. No dia da morte de Patrick, de acordo com a PM, os agentes faziam um patrulhamento próximo à comunidade da Vila Zilda. Um outro policial foi baleado na mão esquerda e encaminhado para um hospital da região. Mortos em operação da PM representam metade da letalidade ocorrida na Baixada Santista no 1º semestre de 2023 Moradores relatam clima de terror com operação da PM no Guarujá; órgãos de defesa dos Direitos Humanos adiam visitas Grupo do Ministério Público especializado em segurança pública analisará ações durante operação da PM que deixou mortos 14 mortes na Baixada Santista Após a morte do PM, foi iniciada a Operação Escudo. Desde então, são ao menos 14 mortos, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública. Segundo a secretaria, o objetivo da ação é de repressão ao tráfico de drogas e ao crime organizado. Desde o início da operação, a série de mortes tem alertado autoridades e o governo federal. A quantidade de pessoas mortas em uma única operação policial, no fim de semana, já representa a metade de todos os mortos pela Polícia Militar de São Paulo na Baixada Santista no 1º semestre de 2023. O governador Tarcísio de Freitas disse na segunda-feira (31) que estava "extremamente satisfeito" com a operação policial e que "aqueles [suspeitos] que resolveram se entregar à polícia foram presos, foram apresentados à Justiça. O autor do disparo foi preso, foi entregue à Justiça, como tem que ser". Erickson David da Silva, apontado como responsáveis pelos disparos que mataram o soldado Patrick Reis, foi preso no domingo (30), em São Paulo. O homem gravou um vídeo pedindo para que o governador de São Paulo e o secretário de segurança do Estado, Guilherme Derrite, parem com a "matança" de supostos inocentes em Guarujá. Ouvidoria alerta para promessa de mais mortes Operação da PM para prender suspeito de assassinar policial da Rota deixa ao menos 10 mortos, diz ouvidor Segundo a Ouvidoria das polícias de SP, um homem morto na sexta seria um vendedor ambulante, atingido por 9 tiros na sexta (28). A família dele teria encontrado o rapaz com queimaduras de cigarro e um corte no braço. O ouvidor Claudio Aparecido da Silva afirmou que moradores do Guarujá relataram que policiais torturaram e mataram um homem e prometeram matar ao menos 60 pessoas em comunidades da cidade. "A Polícia Militar, ao que nos consta, tem dito que os policiais tenham atuado com câmeras corporais. Diante disso, vamos pedir essas imagens para que nada fique escondido nisso tudo e a gente possa verificar, através das imagens, se houve ou não ilegalidades nas ações da polícia naquele território", completou. Parte da corporação da PM usa câmeras corporais nos uniformes para registrar as ações em rua. Entre fevereiro e junho, o governo Tarcísio congelou o total de câmeras usadas pela PM em meio a um estudo para ampliar as funcionalidades do equipamento.

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